A Universidade Federal de Rondônia (UNIR) ocupa um lugar preocupante no cenário nacional ao ser identificada como o órgão federal com o maior número de denúncias de assédio sexual em 2024. Dados divulgados pela Controladoria-Geral da União (CGU) no painel “Resolveu?” revelam que a UNIR registrou 32 denúncias de assédio sexual, mais do que qualquer outro órgão federal no Brasil.
Esses números fazem parte de um total de 571 denúncias recebidas pela Ouvidoria Federal até o momento, distribuídas entre 173 órgãos públicos federais, incluindo ministérios, universidades, hospitais, empresas estatais e autarquias. Após a UNIR, os órgãos com maior número de denúncias são o Ministério da Saúde, com 23 ocorrências, seguido pela Universidade Federal de Pernambuco e pela própria CGU, ambos com 20 registros.
O alto número de denúncias coloca a UNIR no centro de uma questão urgente, destacando a necessidade de medidas imediatas de fiscalização, investigação e prevenção para combater o assédio sexual dentro da instituição. A situação demanda não apenas uma resposta rápida, mas também uma estratégia de longo prazo para erradicar esse problema e criar um ambiente seguro para todos os membros da comunidade universitária.
A relevância desses dados ganha ainda mais destaque diante do recente escândalo que resultou na demissão do ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, após uma denúncia de assédio sexual. Curiosamente, o painel “Resolveu?” da CGU não registra nenhuma denúncia de assédio no Ministério dos Direitos Humanos, evidenciando a complexidade e, possivelmente, a subnotificação de casos em diferentes órgãos.
A liderança da UNIR nesse ranking alarmante deve servir como um catalisador para ações concretas e eficazes que possam prevenir futuros casos e garantir que todas as denúncias sejam tratadas com a seriedade e a urgência que merecem.