Era por volta das 19h30 (horário de Brasília), quando duas explosões foram ouvidas por várias pessoas nos mais diversos pontos próximos à Praça dos Três Poderes e, em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Primeiramente, fogos de artifício foram detonados dentro do porta-malas de um automóvel, que estava no estacionamento que fica entre o STF e o Anexo IV da Câmara dos Deputados. Dentro do veículo havia fogos de artifício e tijolos.
Aproximadamente 20 segundos depois, foi ouvido outro barulho de explosão, desta vez ainda mais forte. Tratava-se de Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, que havia detonado explosivo em frente ao STF, o que resultou em sua morte instantânea, incluindo mão direita e lado direito do rosto desfigurados.
O carro onde foram encontrados os explosivos está registrado na cidade de Rio do Sul, no Vale do Itajaí, em Santa Catarina. No documento, consta como proprietário do veículo Francisco Wanderley, que disputou eleições em 2020 pelo PL, porém, conseguiu apenas 98 votos, não sendo eleito.
Conforme informou a Polícia Civil, Francisco havia alugado uma casa dias atrás, em Ceilândia, no Distrito Federal.
Momentos antes da explosão em frente ao STF, Francisco havia tentado entrar no prédio. Após jogar um explosivo embaixo da marquise do edifício, mostrou à um vigilante que tinha artefatos explosivos presos ao corpo, deitou-se no chão e então acendeu um explosivo na própria nuca como se fosse um travesseiro.
Várias forças policiais trabalham para tentar entender, de fato o que aconteceu, e um verdadeiro pente fino foi iniciado na Praça dos Três Poderes, com o intuito de verificar a existência de mais explosivos que, porventura, tenham sido espalhados por Francisco.
