Entre janeiro e 11 de setembro de 2024, o Batalhão da Polícia Ambiental de Rondônia aplicou mais de R$ 262 milhões em multas, além de ter realizado 970 prisões, incluindo 42 por queimadas ilegais. Esses dados foram divulgados pela Polícia Militar na quarta-feira (18), revelando a gravidade da situação ambiental no estado.
Rondônia enfrentou um recorde histórico de queimadas em 2024. Apenas nas duas primeiras semanas de setembro, o número de focos de incêndio foi três vezes maior do que o total registrado durante os seis primeiros meses do ano. O aumento alarmante dos incêndios florestais intensificou a resposta das autoridades.
Com o objetivo de conter os incêndios e punir crimes ambientais, o Ministério Público de Rondônia (MP-RO) e as forças de segurança lançaram a Operação Temporã. A operação resultou em prisões, multas e apreensões de materiais utilizados nas queimadas, principalmente em duas áreas críticas: o Parque Estadual Guajará-Mirim e a Estação Ecológica Soldado da Borracha. Ambas as regiões vêm sofrendo com incêndios há mais de dois meses, com milhares de hectares já devastados pelas chamas.
As queimadas em Rondônia refletem o desafio contínuo de preservar áreas protegidas, em meio a um cenário de degradação ambiental crescente. A Operação Temporã é uma resposta firme ao aumento da criminalidade ambiental e representa um esforço conjunto para proteger o bioma local e impedir a destruição de áreas naturais vitais para o equilíbrio ecológico.