Lideranças do Centrão na Câmara já pensam em possíveis caminhos para conseguirem resolver a nova alta de preços da Petrobras antes do recesso parlamentar, que começa no próximo dia 18 de julho.
Parlamentares ouvidos pela coluna dizem que o plano é ter um projeto que possa segurar os aumentos dos combustíveis votado em no máximo 15 dias após um consenso sobre o tema.
Uma das possibilidades levantadas é utilizar o projeto sobre transparência nos preços da Petrobras, de autoria do líder do PT, Reginaldo Lopes (PT-MG), já aprovado pela Câmara e que precisa ser votado no Senado.
A ideia seria modificar, em acordo com os senadores, o PL e retomar uma parte retirada na Câmara. A proposta original obrigava os preços de venda praticados pela Petrobras a levar em conta os custos de produção e refino em moeda nacional acrescidos de markup (a diferença entre o custo de produção e o preço ao consumidor).
Outro trecho que pode entrar no projeto, segundo lideranças, é a mudança na taxação sobre o lucro obtido pela Petrobras, como defendeu publicamente na sexta-feira (17/6), o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
Já uma modificação na política de preços da estatal é vista com incredulidade. O motivo seria uma forte resistência da equipe econômica comandada pelo ministro Paulo Guedes, favorável à atual regra.
As propostas das lideranças para controlar a alta de preços nos combustíveis da Petrobras serão discutidas em reunião convocada por Lira para a próxima segunda-feira (20/6), às 17h.