sexta-feira, 29 de março de 2024
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Diretor de patrimônio do Singeperon é preso levando celular para presidiários em Rondônia

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Ji-Paraná, RO – O servidor público Eliseu S., de 54 anos, foi preso por cometer ato claro e descarado de desrespeito aos colegas de profissão e toda a sociedade Rondoniense, fato este ocorrido na data de ontem 08/05, no Presídio Agenor Martins de Carvalho, localizado na Estrada do Nazaré, setor rural de Ji-Paraná. 

A reportagem do Lente Nervosa apurou que o diretor da penitenciária onde Eliseu trabalha recebeu informações que um servidor da equipe de plantão do regime fechado entraria com aparelhos celulares no presídio para entregar aos apenados. O diretor então acionou o diretor de segurança e outros servidores que atuam no regime semiaberto, incluindo ainda agentes do Grupo de Ações Penitenciárias Especiais (Gape) para serem testemunhas e darem apoio na situação. Eliseu é Diretor de Patrimônio do Sindicato dos Agentes Penitenciários de Rondônia (Singeperon). 


Todos os servidores de plantão do regime fechado foram chamados e informados que seria necessário procedimento de revista nos pertences pessoais dos servidores. Nenhum dos agentes se manifestou contrário. Foi solicitado que todos os trabalhadores fossem até o alojamento, acompanhados de outros policiais penais, e buscassem seus pertences, porém, Eliseu foi o único que se recusou a buscar sua bolsa. 

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Foi feito pesquisa nas câmeras de monitoramento e constatado que Eliseu entrou no presídio levando consigo uma mochila de cor verde, não passando pro procedimento de revista material, o que é obrigatório a todos os servidores que entrarão de serviço, indo direto para o alojamento. Novamente foi solicitado que Eliseu buscasse sua bolsa, mas o suspeito não atendeu às ordens. 


Ao ser informado que a bolsa passaria pelo equipamento de raio-x e aberta na presença de testemunhas, Eliseu foi até o alojamento, buscou a bolsa e a abraçou, resistindo ao procedimento de revista. 


Tendo em vista as evidências de que algo muito suspeito estava ocorrendo, foi realizado o desarmamento de Eliseu é uma equipe da Polícia Civil foi designada para o local. Informados sobre tudo que já havia ocorrido, os cinco policiais civis enviados ao local solicitaram que Eliseu cedesse sua bolsa para revista, mas o suspeito novamente recusou, sendo necessário o uso de força moderada, inclusive com uso de algemas para resguardar a segurança de todos. 


Em revista na bolsa foram encontrados quatro invólucros, sendo três embalados em plástico transparente contendo celulares e carregadores e um invólucro embalado em plástico cinza contendo mais celulares e carregadores. Cinco munições calibre 380 também foram localizadas na bolsa. O suspeito afirmou que as munições eram de sua arma, que estava em casa. O delegado de Polícia Civil foi até o presídio e deu voz de prisão em flagrante ao agente. 


Uma equipe foi até a casa de Eliseu, no centro de Ji-Paraná e apreendeu a arma de fogo, que estava guardada dentro de um armário. Eliseu foi encaminhado para a Central de Polícia, em Porto Velho, para que fosse encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para realizar exame de corpo de delito e posteriormente levado para o Centro de Correção, onde aguardará julgamento.


Fonte: Lente Nervosa

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2 respostas

  1. Sou agente penitenciário a 12 anos e infelizmente, sim existem corruptos como em todos lugar e profissões inclusive em Brasília e no STF. Mais um fato lamentável que desonra a valorosa instituição.

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