A cada ano que passa, Rondônia sofre mais e mais com os períodos devastadores de estiagem, que culminam no aumento dos focos de incêndio. As queimadas provocadas pelo homem na cidade e no campo até cessam no período das chuvas, mas as cicatrizes ficam. Os números são alarmantes e a conscientização precisa ser trabalhada durante 365 dias, considerando que a prática das queimadas é uma ameaça ambiental e de saúde pública.
Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), de 2018 a outubro de 2021, Rondônia teve 42.121 focos de incêndios registrados. Em 2020, ficou entre os 10 estados que mais tiveram área queimada, sendo o 2º da região Norte com 95.443 km2, conforme dados da pesquisa realizada pelo MapBiomas Fogo.
Em setembro deste ano, Porto Velho bateu o recorde de capital do país com o maior número de queimadas registradas na primeira quinzena com 418 focos, segundo o Inpe. Diante dessa triste realidade, o Ministério Público de Rondônia lançou no dia 14 daquele mês uma força-tarefa voltada ao acompanhamento das ações de combate ao desmatamento e incêndios florestais no estado. De acordo com o coordenador da força-tarefa, promotor de Justiça Pablo Hernandez Viscard, o trabalho desenvolvido visa a identificação e a responsabilização das maiores áreas desmatadas e/ou objeto de queimadas registradas no ano de 2020, quando Rondônia ocupou o 5º lugar do país em extensão de área desflorestada.