A comunidade da Vila Teotônio, em Porto Velho, vive há meses uma situação crítica e revoltante: interrupções constantes no fornecimento de energia elétrica. O problema, que afeta diariamente moradores, comerciantes, pescadores e serviços essenciais, tem provocado prejuízos materiais, insegurança e indignação coletiva.
Segundo relatos da população, qualquer vento ou chuva é suficiente para que toda a região fique sem energia por dois ou três dias, sem previsão clara de restabelecimento. Apesar de inúmeros protocolos abertos diariamente pelos moradores, a empresa responsável não realiza a manutenção adequada da rede, deixando a comunidade desamparada.
As consequências são graves e já atingem todos os setores da vida local:
– Famílias perdem alimentos estocados em geladeiras e freezers, incluindo carnes e produtos perecíveis, gerando prejuízos financeiros e risco à saúde.
-Pescadores veem seus peixes se estragarem, já que dependem da energia para manter a produção congelada.
-Comerciantes sofrem perdas constantes, afetando pequenos negócios que dependem de refrigeração.
– A escola da comunidade fica impedida de funcionar, prejudicando alunos e professores.
A situação se repete após um histórico já conhecido. Em 2022, problemas semelhantes levaram a Associação de Produtores e Moradores da Vila Teotônio a acionar o Ministério Público, que interveio determinando a manutenção da rede elétrica. Na época, o serviço foi realizado e os transtornos cessaram.
No entanto, o pesadelo voltou.
O presidente da Associação, Lucas Câmara, faz um apelo às autoridades:
“Pelo amor de Deus, a comunidade não aguenta mais. Estamos há meses sofrendo com apagões constantes, perdendo mercadoria, perdendo alimento. A escola para, os pescadores ficam no prejuízo, acaba o fornecimento da água da CAERD que depende de energia . São protocolos e mais protocolos abertos e nada acontece. Precisamos de uma solução imediata.”
A comunidade da Vila Teotônio cobra uma resposta urgente da empresa fornecedora e reforça a necessidade de uma nova intervenção dos órgãos competentes, para que a população não continue arcando com os prejuízos causados pelo descaso na prestação do serviço essencial.


