A Polícia Civil do Rio de Janeiro está investigando a morte de Arthur Victor dos Santos, um bebê de 11 meses que faleceu na última terça-feira (28) após dar entrada na Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) da Maré com lesões pelo corpo. O caso está sendo tratado como homicídio qualificado.
De acordo com a investigação, a criança chegou à unidade de saúde após sofrer uma parada cardiorrespiratória e apresentar um trauma cranioencefálico. Apesar dos esforços da equipe médica, o bebê não resistiu aos ferimentos e faleceu.
Diante da gravidade das lesões e das inconsistências nos relatos dos responsáveis, a polícia prendeu em flagrante o padrasto da criança, Sidney da Silva Ferreira, de 20 anos, e a mãe, Rayane Rocha dos Santos. Ambos vão responder por homicídio qualificado, cometido contra menor de 14 anos, com aumento de pena por se tratar dos responsáveis legais da vítima. No caso da mãe, também foi constatada omissão de socorro.
Ao levar o bebê para atendimento, Sidney alegou que a criança havia caído da cama e batido a cabeça. No entanto, o laudo pericial indicou que a causa da morte foi traumatismo craniano provocado por ação contundente, com hemorragia e edema cerebral. O perito do Instituto Médico-Legal (IML) desconfiou da versão e acionou a 21ª Delegacia Policial (Bonsucesso), que iniciou a investigação como morte suspeita.
Posteriormente, em depoimento à polícia, Sidney apresentou outra versão, afirmando que caiu sobre o bebê ao descer uma escada, quebrando a tela do celular na queda. No entanto, os investigadores verificaram que ele não apresentava nenhuma lesão no corpo e que o aparelho telefônico, que foi apreendido, não tinha sinais de danos.
Segundo a polícia, a criança vinha sofrendo agressões frequentes por parte do padrasto. Os investigadores seguem colhendo depoimentos e reunindo provas para esclarecer todos os detalhes do crime. A Justiça decidirá nos próximos dias sobre a manutenção da prisão preventiva dos suspeitos. Caso condenados, a pena pode ultrapassar 30 anos de reclusão.