O estado de Rondônia enfrenta um cenário alarmante de queimadas em 2024, registrando o maior número de focos em cinco anos. Entre 1º de janeiro e 26 de agosto, os dados apontam um aumento expressivo de 144% no número de focos de incêndio em comparação com o mesmo período do ano anterior, 2023. Este incremento significativo é preocupante e destaca o agravamento das condições ambientais e climáticas na região.
Para que um foco de queimada seja detectado pelos satélites de órbita, ele precisa ter pelo menos 30 metros de extensão por 1 metro de largura. Já os satélites geoestacionários, que operam em uma altitude fixa em relação à Terra, só conseguem detectar queimadas se a frente de fogo for o dobro desse tamanho, segundo informações do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Nesta terça-feira, 27 de agosto, Rondônia foi classificado como o terceiro estado do Brasil com o maior número de focos de queimadas, respondendo por 15% de todos os registros feitos no país. Essa posição no ranking revela a gravidade da situação e a necessidade urgente de medidas para conter o avanço do fogo.
Além de Rondônia, quase todos os estados com os piores índices de queimadas estão localizados na região Norte do Brasil, com exceção de Mato Grosso do Sul e Maranhão, que também apresentam números preocupantes.
As queimadas são um problema recorrente no Brasil, especialmente durante a estação seca, e têm impactos devastadores não apenas na fauna e flora, mas também na saúde humana e no clima global. A alta taxa de incêndios observada em 2024 em Rondônia é um reflexo das condições climáticas adversas, como temperaturas elevadas e baixa umidade, bem como de práticas inadequadas de uso da terra, que contribuem para o agravamento da situação.