segunda-feira, 9 de junho de 2025
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Parentes ajudam a achar corpos e pessoas tentam salvar o que sobrou

São Sebastião – No quinto dia de buscas após a tragédia que devastou a cidade de São Sebastião, no litoral norte de São Paulo, parentes têm ajudado bombeiros e cães farejadores na esperança de encontrarem sobreviventes em meio aos escombros na Vila do Sahy, enquanto moradores correm para salvar o que sobrou em suas casas atingidas pelo deslizamento de terra provocado pela chuva.

No último boletim divulgado pelo governo paulista, na manhã desta quinta-feira (23/2), a Defesa Civil havia computado 49 mortes ocorridas desde domingo (19/2) — 48 em São Sebastião e uma em Ubatuba –, além de mais de 3,5 mil pessoas desabrigadas ou desalojadas depois da tempestade que castigou o litoral paulista durante o Carnaval. Estima-se que 37 pessoas ainda estejam desaparecidas.

Na tarde desta quinta-feira, a reportagem do Metrópoles acompanhou a equipe do Corpo de Bombeiros retirando mais corpos que estavam soterrados na Vila Sahy, na costa sul de São Sebastião. Ao menos quatro foram localizados depois do último boletim da Defesa Civil. Em uma das ações, um homem ajudou a encontrar, sem vida, o filho e a nora, que estava grávida, debaixo de um colchão sob os escombros.

Os bombeiros usam retroescavadeiras para retirar lama de áreas onde a possibilidade de encontrar corpos ou sobreviventes já foi descartada, embora homens especializados em resgate corram contra o tempo para revirar pontos onde havia casas. O trabalho deve ser interrmpido diante da ameaça de mais chuva na região.

Mutirão para salvar pertences

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Em meio à lama e a montanhas de terra, os moradores da Vila do Sahy, bairro precário que cresce há mais de 20 anos nas costas da paradisíaca praia da Barra do Sahy, fazem um mutirão para retirar móveis e eletrodomésticos de casas que foram destruídas pelos deslizamentos de terra ou estão condenadas.

Sem água há cinco dias, a recepcionista Gabriela Spinelli, de 36 anos, está desde domingo limpando sua casa, invadida pela lama, na expectativa de que poderá continuar morando no local para onde se mudou há um ano e meio.

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