Advogado que causou morte de ciclista ganha a liberdade em audiência de custódia

Já está em liberdade o advogado de 40 anos que atropelou a jovem Helem Tayná Oliveira de Araújo, de apenas 18 anos. O fato aconteceu na noite da última segunda-feira (28), na rotatória da Avenida Guaporé com Avenida dos Imigrantes, no Bairro Aponiã, zona leste de Porto Velho.

Na audiência de custódia realizada na terça-feira (29), o advogado ganhou o direito à liberdade, mas com algumas restrições. Ele precisará usar tornozeleira eletrônica e cumprir algumas medidas que foram impostas pelo juiz.

As condições são as seguintes:
A – Comparecer a todos os atos do processo, bem como deverá comunicar novo endereço ao juízo, caso mude de residência;
B) – Recolher-se, todos os dias, em sua casa até 22 horas e dela sair somente às 06 horas da manhã;
C – Não frequentar bares, boates, prostíbulos e casas de jogos;
D – Proibição de ausentar-se da Comarca por mais de 15 (quinze) dias sem prévia comunicação a este juízo, bem como a obrigação de manter este juízo informado de qualquer mudança de endereço, o que será fiscalizado por monitoramento eletrônicos por até 90 (noventa) dias, podendo ser prorrogado por outro juízo.

O ACIDENTE

A vítima seguia em uma bicicleta modelo Lotus, de cor verde, e realizava a conversão em uma rotatória na Avenida Guaporé com Avenida dos Imigrantes, no Bairro Aponiã, em Porto Velho. Em dado momento, o advogado dirigindo uma BMW em alta velocidade, invadiu a preferencial e atropelou a ciclista, a jogando para debaixo da carreta. O carro do advogado só parou após colidir na parte lateral direita da carreta.

A ciclista foi arrastada por aproximadamente 15 metros e quase ficou embaixo das rodas da carreta. Uma equipe do Corpo de Bombeiros foi ao local, mas infelizmente a vítima já estava em óbito, com o corpo parcialmente dilacerado.

Os policiais militares notaram que o motorista da BMW estava com visíveis sintomas de embriaguez alcoólica e lhe foi oferecido a realização do teste do bafômetro, mas o advogado recusou. No local, ele olhava com desprezo para algumas pessoas que estavam chocadas com a cena do acidente.

Ao receber voz de prisão, o advogado relutou ao ser informado que seria encaminhado ao departamento de flagrantes no camburão da viatura da Polícia Militar e tentava esconder o rosto para não ser filmado pela imprensa.