O número de mortes por intoxicação provocadas por bebidas adulteradas com metanol subiu para 11 em São Paulo, segundo boletim atualizado nessa quarta-feira (17/12) pela Secretaria de Estado da Saúde (SES-SP). A vítima mais recente é um homem de 62 anos, morador de São Bernardo do Campo, no ABC paulista.
Segundo a Prefeitura de São Bernardo do Campo, o paciente morreu no dia 2 de dezembro após período de quase um mês internado no Hospital de Urgência do município.
No total do estado, foram confirmados 51 casos, sendo 11 mortes. Atualmente, quatro óbitos permanecem sob investigação: um em Guariba, de um paciente de 39 anos; um de São José dos Campos, de 31 anos; e dois de Cajamar, de 29 e 38 anos. De acordo com a SES, 555 suspeitas foram descartadas.
Metanol
Altamente inflamável e tóxico à saúde humana, o metanol, também conhecido como álcool metílico – substância encontrada em bebidas alcóolicas que levou à morte de nove pessoas em São Paulo – é incolor e inflamável, com cheiro semelhante ao da bebida alcoólica comum.
O composto é um dos mais importantes insumos na indústria química, sendo usado como matéria-prima para sintetizar produtos químicos, tais como formaldeído (também conhecido como formol), MTBE (aditivo químico para a gasolina) e ácido acético, que, por sua vez, são usados na produção de adesivos, solventes, pisos, revestimentos etc.
A substância é um composto orgânico da família dos álcoois e, no mercado brasileiro, possui papel crucial para produção do biodiesel, que é um combustível renovável adicionado ao diesel de origem fóssil.
Segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), atualmente, em escala industrial, o metanol é produzido predominantemente a partir do gás natural.
Levando em consideração a toxicidade do produto, os riscos à saúde humana e à segurança pública e privada, a ANP passou a regulamentar o metanol, incluindo-o na definição de solvente e adequando seus atos normativos, a fim de tornar mais efetivo o controle da substância no mercado nacional.


