Pela primeira vez, os estados da Amazônia Legal foram chamados ao centro das discussões globais para tratar não apenas de queimadas e desmatamento, mas também da ação de facções, tráfico internacional, crimes ambientais e rotas ilegais.
É um marco: o entendimento global de que não existe preservação ambiental sem segurança pública forte, integrada e inteligente.
Estados de fronteira, como Rondônia, Acre, Roraima, Amazonas e Mato Grosso, apresentaram diagnósticos e estratégias que mostram que proteger a Amazônia também significa proteger seus povos, territórios e riquezas naturais do avanço do crime organizado transnacional.
Rondônia apresenta projeto inovador na COP30
Durante sua participação, a SESDEC apresentou um projeto inédito: a criação do Centro Integrado de Proteção Ambiental da Amazônia Legal, uma proposta histórica que visa estruturar, pela primeira vez, um espaço especializado para planejar, monitorar e executar ações de enfrentamento a crimes ambientais em toda a região.
Como presidente da Câmara de Segurança Pública do Consórcio da Amazônia Legal, o coronel Vital anunciou que o projeto foi aprovado pelos nove estados que compõem a região, marcando um avanço sem precedentes na cooperação ambiental e na proteção da floresta.
O secretário relembrou que todos conhecem os desafios enfrentados no ano passado com queimadas intensas e diversos crimes ambientais. Mas destacou que 2025 representou um momento histórico:
não houve queimadas significativas, graças ao trabalho integrado do Corpo de Bombeiros, PM, Polícia Civil, Polícia Federal, SEDAM, SEMA, MP, Ibama, ICMBio, entre outros órgãos.
Foi a força conjunta que permitiu prevenir e evitar incêndios que poderiam devastar áreas inteiras da Amazônia.
Um centro para proteger o coração verde do planeta
A proposta do Centro Integrado prevê a criação de um Centro de Referência, focado exclusivamente em problemas regionais, e de um Observatório de Proteção Ambiental da Amazônia Legal, ambos dedicados à produção de inteligência, mapeamento, análise técnica e integração operacional.
A intenção é centralizar todos os esforços de enfrentamento a crimes ambientais, garantindo planejamento contínuo, monitoramento permanente e investimentos estratégicos para resultados concretos em toda a região amazônica.
“Não vamos deixar que acabem com o pulmão do mundo”, destacou o coronel Vital, reforçando o compromisso de Rondônia e dos demais estados com a proteção da maior floresta tropical do planeta.
Um marco para o Brasil e para o mundo
A entrada da Segurança Pública na agenda da COP30 representa não apenas um avanço, mas uma transformação profunda:
sem combater o crime que destrói a floresta, não há futuro sustentável possível.
E Rondônia, com visão ousada, técnica e integrada, mostrou ao mundo que está preparada para liderar esse novo capítulo da história da Amazônia.


