A mulher identificada como Penélope, conhecida nas redes sociais como “Japinha do CV”, foi morta durante a megaoperação policial realizada nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro. A ação, que começou na madrugada da última terça-feira (28), é considerada a mais letal da história do estado, com mais de 120 mortos, segundo balanço atualizado por fontes oficiais e comunitárias.
Penélope, apontada como integrante de linha de frente do Comando Vermelho (CV), era conhecida por ostentar armas e roupas camufladas em publicações nas redes sociais. De acordo com a Polícia Civil, ela participava da defesa de pontos estratégicos e de rotas de fuga utilizadas por criminosos na região.
Durante o confronto, a suspeita teria resistido à abordagem policial e disparado contra os agentes, sendo atingida por um tiro de fuzil que causou sua morte imediata. O corpo foi encontrado próximo a um dos acessos principais da comunidade, após horas de intensos tiroteios.
A operação mobilizou cerca de 2.500 agentes das polícias Civil e Militar, com o apoio de blindados, helicópteros e drones. Foram apreendidas diversas armas de grosso calibre, fuzis, munições e explosivos. Também houve a prisão de mais de 80 suspeitos, muitos apontados como integrantes do alto escalão do tráfico.
Moradores relataram momentos de terror durante os confrontos, com tiroteios contínuos e dificuldades de locomoção. Entidades de direitos humanos e a Defensoria Pública pediram investigação sobre supostos abusos e execuções sumárias, enquanto o governo estadual defendeu a ação, classificando-a como “um duro golpe contra o crime organizado”.
Apesar das divergências nos números, o balanço mais recente aponta 121 mortos, sendo 117 suspeitos e 4 policiais. O governador do estado afirmou que o objetivo da operação foi “retomar o controle territorial e desarticular as principais frentes do Comando Vermelho”.
A morte de Penélope repercutiu nas redes sociais, onde ela era chamada de “musa do crime” por seguidores. Familiares pediram que as fotos do corpo não sejam compartilhadas e afirmaram que ela “não merecia morrer dessa forma”.
A operação segue em andamento em pontos isolados do Complexo da Penha, com patrulhamento reforçado e investigações sobre a estrutura financeira do grupo criminoso.