Nesta quarta-feira (16), a mãe de um aluno da Escola Cívico Militar de Ensino Fundamental e Médio Professor Daniel Neri da Silva, localizada no Bairro Juscelino Kubitschek, na zona leste de Porto Velho, denunciou ao jornal Lente Nervosa o crime de abuso sexual que estava sendo cometidos contra seu filho, desde o mês de abril de 2024, quando o menino tinha apenas 13 anos.
Em ocorrência registrada na Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA) no dia 11 deste mês, a mãe informou que tomou conhecimento no dia 9 de julho de 2025, ao ter acesso ao aparelho celular do filho, que o jovem estava mantendo relações sexuais com seu professor. O menino é portador de autismo nível 1, Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) e Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade.
O garoto afirmou que ainda no ano de 2024 estava indo a pé da escola para casa, quando o professor passou de carro e lhe ofereceu carona. Dentro do veículo, já próximo da casa da vítima, houve a relação sexual entre ambos. O professor disse para o menino ficar tranquilo, pois o carro possui película escura e que ninguém iria ver o que eles estavam fazendo.
“Meu filho vem sofrendo com isso há tempos e eu me culpo por não ter percebido. Ele (professor) fez a cabeça do meu filho para ele (vítima) achar que isso é normal. Dizia que era para meu filho ter experiência para quando fosse ficar com garotas”, relatou a mãe.

A denunciante informou que no dia 9 de julho deste ano, o filho estava sozinho em casa quando recebeu mensagem do professor. O homem foi até o imóvel, onde ocorreu novamente a relação sexual. O menino foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para a realização de exames.
A mãe encaminhou o caso ao Ministério Público e aguarda respostas. Ela afirmou que tanto a vice-diretora, quanto um capitão da Polícia Militar que também trabalha na escola, pediram para que ela ficasse calada sobre o assunto, numa clara tentativa de abafar o caso.
A reportagem tentou entrar em contato com a direção da escola Daniel Neri, através de número disponibilizado no Google, mas não conseguiu contato até o fechamento desta matéria. O espaço permanece aberto para manifestação da direção da escola, se assim desejar.
