São Paulo — A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) suspendeu, em caráter cautelar, a partir desta terça-feira (11/3), as operações aéreas da Voepass, formada pela Passaredo Transportes Aéreos e pela Map Linhas Aéreas. Segundo a agência, a suspensão vai vigorar até que seja evidenciada a retomada de sua capacidade de garantir o nível de segurança previsto nos regulamentos vigentes.
A decisão decorre da incapacidade da Voepass em solucionar irregularidades identificadas no curso da supervisão realizada pela Anac, “bem como da violação das condicionantes estabelecidas anteriormente para a continuidade da operação dentro dos padrões de segurança exigidos”.
Depois do acidente aéreo do dia 9 de agosto de 2024 em Vinhedo (galeria de fotos), no interior de São Paulo, houve a implantação de uma operação assistida de fiscalização da Anac nas instalações da empresa aérea. Servidores da agência estiveram presentes nas bases de operação e manutenção da empresa para verificar as condições necessárias para a garantia do nível adequado de segurança das operações.
Em outubro de 2024, foram exigidas pela Anac medidas como redução da malha, aumento do tempo de solo das aeronaves com vistas à manutenção, troca de administradores e execução do plano de ações para as correções das irregularidades.
No fim de fevereiro de 2025, após nova rodada de auditorias, foi identificada “a degradação da eficiência do sistema de gestão da empresa em relação às atividades monitoradas e o descumprimento sistemático das exigências feitas pela agência”.
Além disso, segundo a Anac, foi constatada a reincidência de irregularidades apontadas e consideradas sanadas pela agência nas ações de vigilância e fiscalização anteriores e a falta de efetividade do plano de ações corretivas. “Ocorreu, assim, uma quebra de confiança em relação aos processos internos da empresa devido a evidências de que os sistemas da Voepass perderam a capacidade de dar respostas à identificação e correção de riscos da operação aérea”, diz a agência.
A Agência Nacional de Aviação Civil recomenda que os passageiros que foram atingidos pelo cancelamento de voos da Voepass procurem a empresa ou agência de viagem responsável pela venda do bilhete para efeito de reembolso ou reacomodação em outras companhias.
A Voepass conta atualmente com seis aeronaves, segundo a Anac. A operação inclui 15 localidades com voos comerciais e duas com contratos de fretamento.
Em nota enviada ao Metrópoles, a Voepass confirmou que recebeu a notificação da Anac. “A companhia reitera que sua frota em operação é aeronavegável e apta a realizar voos seguindo as rigorosas exigências de padrões de segurança”.
A empresa disse que vai colocar todos seus esforços para retomar a operação o mais breve possível. “Essa decisão tem um impacto imensurável para milhares de brasileiros que utilizam a aviação regional todos os dias e contam com seu serviço, por isso, colocará todos seus esforços para retomar a operação o mais breve possível”.
Uma resposta
Acho que passou da hora de tirar essas aeronaves de circulação. Dia 20 de janeiro /2025, retornado de Ribeirão Preto/SP para PORTO VELHO/RO. Peguei o trecho de Ribeirão a Brasília de VOOEPASS, foi o voo mais tenso da minha vida, a aeronave demorou p sair, pois não tinha autorização p sair, ficamos aguardando 30 minutos até chegar a documentação. Já em voo a aeronave começou apresentar falha nas luzes internas. Assim q possamos em Brasília, ouvi quando um dos comissários de bordo, informou ao funcionário do aeroporto que a aeronave estava apresentando falha na parte elétrica. Na hora fiquei ais nervosa do que já estava. E naquele dia prometi p mim mesmo , que nunca mais voaria nessa companhia LATAM /VOOEPASS. As aeronaves são desconfortáveis e apresentam problemas o tempo todo.