A justiça começou a ser feita contra os assassinos do agente socioeducativo Otacílio Ramos Guimarães Filho, de 38 anos, que foi encontrado morto em um terreno baldio na Rua Jacarandá, Bairro Marcos Freire, na zona leste da capital, no dia 14 de janeiro de 2023.
Durante os trabalhos investigativos, a Polícia Civil identificou seis pessoas envolvidas no crime, sendo eles: Edilon, de 37 anos, vulgo Dilon ou Xoxota, sendo ele apontado como o mandante do crime, Ramero, 23 anos, vulgo Pesadelo ou Lúcifer, Fredson dos Anjos Souza Júnior, 25 anos, vulgo China, Antonael Ferreira dos Santos, vulgo Natan, Afroex ou Gordinho e Jaimesson, 28 anos, além de um adolescente que, na época do crime, tinha 17 anos.
O corpo da vítima apresentava sinais de que havia sido submetido à tortura, sendo morto de forma cruel, pois durante os trabalhos da perícia, foram notadas inúmeras perfurações e cortes no tórax, rosto e nuca, possivelmente causados com o uso de um terçado. Além disso, a vítima foi asfixiada, degolada e teve o corpo parcialmente queimado.
No bolso esquerdo de sua calça, o perito encontrou um papel, onde estava escrito “Morreu porque é cavalo”, que significa que a pessoa se envolveu com mulher casada, o que nunca chegou a ser comprovado.
Já no dia 28 de março de 2023, a Polícia Civil do Estado de Rondônia, por intermédio da 1ª Delegacia Especializada em Repressão aos Crimes Contra a Vida – 1ª DERCCV, deflagrou a operação Atrox, em resposta ao homicídio do sócio educador.
Na oportunidade, foram presos Fredson, Antonael e um adolescente de 17 anos, mas que hoje está maior de idade. As diligências continuam na tentativa de prender os outros três envolvidos no homicídio, tendo em vista que Ramero morreu em confronto com a polícia na tarde de sexta-feira, dia 17 de fevereiro de 2023, pouco mais de um mês após a morte do agente sócio educador.
Conforme apurado pela reportagem, durante o julgamento, a defesa de Fredson estava mais incisiva do que a do Antonael, sendo que esta última alegava que o acusado agiu com menor participação, servindo apenas de olheiro. Já a defesa de Fredson negou o envolvimento dele no crime.
Ao fim do julgamento, Antonael foi condenado a 25 anos de cadeia e Fredson sofreu a maior pena, sendo 31 anos de prisão, em regime inicialmente fechado.