Porto Velho, RO – O condomínio Garden Club em Porto Velho está no centro de um escândalo após revelações sobre supostas fraudes e conflitos de interesse envolvendo a síndica e advogada Márcia de Oliveira Lima, responsável pela administração do condomínio. Uma auditoria independente conduzida por condôminos apontou graves irregularidades na execução de obras nas garagens do condomínio, incluindo favorecimento e pagamentos suspeitos à empresa Rondônia Serviços – para a qual a própria síndica atuava como advogada.
A reprovação das contas e a pressão dos moradores têm levado à possibilidade de destituição da síndica, enquanto o caso repercute na Justiça. A auditoria baseia-se em documentos que indicam que a síndica atuava em benefício da empresa contratada e em conflito direto com os interesses do condomínio.
A reportagem apurou que os condôminos lutam para tirar Márcia do cargo. Segundo eles, Márcia tem atitudes anti-democráticas, a exemplo de excluir do grupo de Whatsapp os moradores que respeitosamente questionam atos de sua gestão. Ainda, a advogada, que frequentemente posta fotos com autoridades em suas redes sociais (https://www.instagram.com/dra.marciadeoliveira), costuma afirmar que “tem influência” e que conseguirá “manter sua candidatura”. As prestações de contas de Márcia foram reprovadas em Assembleia Geral por absoluta maioria.
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Ministério Público e OAB/RO: ética e possível crime
A situação tornou-se ainda mais polêmica após a apresentação de uma representação formal à Comissão de Ética da Ordem dos Advogados do Brasil, protocolada hoje (12) pelo condômino Liandro de Almeira Loyola. No entanto, moradores relataram à reportagem temer que a entidade não tome medidas adequadas, uma vez que a advogada e síndica é considerada de alta confiança do presidente da OAB Rondônia, Márcio Nogueira, inclusive ambos são candidatos na mesma chapa.
Ainda assim, os condôminos esperam que o presidente da entidade atue com seriedade e que sejam tomadas medidas sumárias contra ela.
O caso foi parar hoje também no Ministério Público Estadual para a apuração de eventual crime de patrocínio simultâneo ou tergiversação, que significa a proibição de que advogados atuem para partes contrárias ao mesmo templo, ou seja, em claro conflito de interesses. Clique aqui e veja a íntegra da denúncia contra a advogada Márcia Oliveira.