O deputado federal Coronel Chrisóstomo, filiado ao Partido Liberal (PL), vive momentos de tensão com sua permanência no partido. Recentemente afastado da presidência do diretório municipal do PL em Porto Velho pelo presidente estadual da sigla, senador Marcos Rogério, o parlamentar vê sua posição fragilizada, precisando “ficar pianinho” para evitar a expulsão do partido. Fontes indicam que o afastamento se deu por uma série de declarações controversas, inclusive justificativas que são contraditórias.
Chrisóstomo, que havia retirado seu apoio à ex-candidata Mariana Carvalho (União Brasil) nas eleições municipais de Porto Velho, alegou que o fez por causa do apoio dela ao Partido Democrático Trabalhista (PDT). No entanto, ele próprio esteve em Espigão do Oeste apoiando o candidato do PL, Professor Wéliton, que também contava com apoio do PDT, o que gerou desconfiança sobre os reais motivos de suas declarações.
A saída de Chrisóstomo da liderança do diretório ocorreu em meio a um vídeo polêmico em que ele tenta justificar o afastamento de Mariana Carvalho, associando sua decisão a possíveis alianças políticas, enquanto, em outro contexto, ele próprio apoiou uma coligação com o mesmo partido.
A reputação de Chrisóstomo no PL foi abalada após essa série de eventos, culminando na perda de seu cargo no diretório municipal. A permanência no partido agora depende de uma postura mais discreta. De acordo com informações obtidas pelo Entrelinhas, o deputado precisa evitar novas polêmicas e declarações controversas para evitar um processo de expulsão. O prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves, chegou a apelidar o deputado de “Coronel Pinóquio”, em referência ao personagem famoso por “contar lorotas”, após um episódio envolvendo uma emenda parlamentar.
Resta observar se o PL conseguirá ajustar suas peças internas para 2026, assegurando uma presença mais estratégica e consolidada no cenário político de Rondônia, especialmente com as incertezas que cercam a atuação de Coronel Chrisóstomo.