Nos primeiros dias de setembro, o Rio Madeira, um dos mais importantes e extensos da Amazônia, registrou um nível recorde de baixa, atingindo a marca de 1,07 metros em Porto Velho, Rondônia, segundo dados do SipamHidro (Sistema Integrado de Monitoramento e Alerta Hidrometeorológico). Esse é o menor nível já registrado na história para este período do ano, causando transtornos significativos e comprometendo a navegação na região.
Com a diminuição drástica do nível do rio, bancos de areia estão surgindo diariamente ao longo do leito, resultando em embarcações encalhadas, incluindo barcos e balsas carregadas. Esse fenômeno impacta severamente o transporte de mercadorias e a mobilidade dos ribeirinhos, que dependem do rio Madeira para se locomover e realizar suas atividades diárias.
A situação é alarmante e a previsão é de que o nível do rio continue a baixar ao longo de setembro, agravando a crise hídrica que já afeta o estado de Rondônia. A falta de chuvas é apontada como a principal causa da diminuição do nível das águas, aprofundando ainda mais os desafios enfrentados pela população local e pelas autoridades.
Diante dessa crise, a Marinha do Brasil, que já havia proibido a navegação noturna através de uma portaria, mantém a decisão e intensifica a fiscalização na região. A medida visa prevenir acidentes em meio às condições adversas de navegação.
Especialistas apontam que, além das consequências imediatas para o transporte e a mobilidade, a seca prolongada pode ter impactos ambientais significativos, afetando a fauna e a flora da região.
Enquanto isso, os ribeirinhos e transportadores que dependem do rio Madeira enfrentam incertezas e desafios diários, aguardando por melhorias nas condições hídricas e pela chegada de chuvas que possam aliviar a situação.
Veja o vídeo de um sobrevoo mostrando a seca no Rio Madeira e que prejudica a navegação na região: