Um incêndio que atinge o Parque Guajará-Mirim, em Rondônia, há mais de um mês já devastou cerca de 22% da unidade de conservação, equivalente a 50 mil campos de futebol. A área é uma das maiores de preservação no estado, com mais de 200 mil hectares.
Equipes do Ibama, Sedam, Batalhão de Polícia Ambiental e Corpo de Bombeiros estão no local desde 12 de julho, enfrentando dificuldades devido ao baixo efetivo e à falta de apoio aéreo. A situação se agrava pela presença de obstáculos criados por criminosos, como garrafas de combustível e armadilhas, sugerindo que os incêndios são intencionais, possivelmente como retaliação a fiscalizações ambientais.
A principal dificuldade para controlar as chamas é a reignição, com focos de fogo se reativando constantemente, dobrando a área queimada. Porto Velho, capital do estado, enfrenta há semanas os piores índices de qualidade do ar do Brasil devido à fumaça dos incêndios.
Com setembro, tradicionalmente o mês mais crítico para queimadas, ainda por vir, o Parque Guajará-Mirim corre o risco de sofrer ainda mais devastação, ameaçando espécies já em risco de extinção.