Em mais um desdobramento das ações contra a corrupção no estado de Rondônia, a Polícia Civil, com o apoio do Ministério Público, afastou novamente a prefeita de Guajará-Mirim, Raissa Paes Bento, do cargo. A ação aconteceu nesta terça-feira (16) durante a operação denominada “Suseranos”.
A operação é conduzida pela Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (DRACO 2) e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público, com suporte do Departamento de Estratégia e Inteligência (DEI) e da Delegacia Especializada em Repressão a Roubos e Furtos (DERF). O objetivo principal é desmantelar uma organização criminosa suspeita de envolvimento em diversos crimes, incluindo usurpação de função pública, fraudes em licitações e contratos, corrupção e violação de sigilo funcional.
As autoridades estão cumprindo 12 mandados de busca e apreensão e três ordens de afastamento de cargos públicos, abrangendo as cidades de Guajará-Mirim e Porto Velho. As investigações revelaram fraudes em licitações de combustíveis e na reforma do mercado municipal, com contratos fraudulentos que somam mais de R$ 5 milhões.
Raissa Paes Bento já havia sido afastada do cargo pelo Tribunal de Justiça no início deste ano durante a operação Avatar. No entanto, ela retornou à prefeitura na semana passada após a coleta de provas e a apresentação de uma denúncia formal ao Judiciário.
A operação Suseranos marca um passo significativo na luta contra o crime organizado e a corrupção no estado de Rondônia. O nome da operação faz referência ao sistema feudal medieval, onde os suseranos detinham poder sobre feudos e exploravam os vassalos. Analogamente, a operação visa combater a exploração e o abuso de poder no âmbito das funções públicas.
Este novo afastamento da prefeita Raissa Paes Bento demonstra o compromisso das autoridades em manter a integridade das instituições públicas e assegurar a aplicação rigorosa da lei. A ação conjunta da Polícia Civil e do Ministério Público visa não apenas punir os responsáveis, mas também restabelecer a confiança da população nas autoridades responsáveis pela administração pública.