O Brasil ultrapassou, nesta quinta-feira (29/2), a marca de 1 milhão de casos de dengue em 2024, entre confirmados e prováveis. A informação consta na atualização mais recente do Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde. Ao todo, são 1.017.278 casos prováveis somente neste ano.
Até o momento, o país contabilizou 214 óbitos por dengue e outros 687 ainda sob investigação. O painel indica também que o coeficiente de incidência da doença no país é de 501 casos prováveis para cada 100 mil habitantes.
A unidade da Federação com maior taxa de incidência por número de habitantes segue sendo o Distrito Federal, que contabilizou mais de 101 mil casos somente neste ano, com incidência de 3.612,7 infecções a cada 100 mil habitantes.
Vale lembrar que, em todo o ano de 2023, foram registrados 1.658.816 casos prováveis de dengue. O Ministério da Saúde avalia que o país registrará em 2024 o dobro de casos do ano passado.
“A gente já tem uma avaliação de que é possível que nós venhamos a ter o dobro de casos do ano passado, por esse histórico de já haver um aumento em 2023 e também destes dois fatores: mudanças climáticas e circulação de mais de um sorotipo de dengue”, explicou a ministra da Saúde, Nísia Trindade.
O volume de casos de dengue registrados no início deste ano apresenta um padrão atípico quando comparado à série histórica da proliferação da doença. Como informou o Ministério da Saúde, houve também uma antecipação do pico de casos para os primeiros dois meses do ano.
Para completar o tratamento, é recomendado repouso e ingestão de líquidos. Já no caso de dengue hemorrágica, a terapia deve ser feita no hospital, com o uso de medicamentos e, se necessário, transfusão de plaquetas.
A dengue é uma doença infecciosa transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti. Com maior incidência no verão, tem como principais sintomas: dores no corpo e febre alta. Considerada um grave problema de saúde pública no Brasil, a doença pode levar o paciente a morte.
O Aedes aegypti apresenta hábitos diurnos, pode ser encontrado em áreas urbanas e necessita de água parada para permitir que as larvas se desenvolvam e se tornem adultas, após a eclosão dos ovos, dentro de 10 dias.
A infecção dos humanos acontece apenas com a picada do mosquito fêmea. O Aedes aegypti transmite o vírus pela saliva ao se alimentar do sangue, necessário para que os ovos sejam produzidos.
No geral, a dengue apresenta quatro sorotipos. Isso significa que uma única pessoa pode ser infectada por cada um desses micro-organismos e gerar imunidade permanente para cada um deles. Ou seja, é possível ser infectado até quatro vezes.
Os primeiros sinais, geralmente, não são específicos. Eles surgem cerca de três dias após a picada do mosquito e podem incluir: febre alta, que geralmente dura de 2 a 7 dias, dor de cabeça, dores no corpo e nas articulações, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupções cutâneas, náuseas e vômitos.
No período de diminuição ou desaparecimento da febre, a maioria dos casos evolui para a recuperação e cura da doença. No entanto, alguns pacientes podem apresentar sintomas mais graves, que incluem hemorragia e podem levar à morte.
Nos quadros graves, os sintomas são: vômitos persistentes, dor abdominal intensa e contínua, ou dor quando o abdômen é tocado, perda de sensibilidade e movimentos, urina com sangue, sangramento de mucosas, tontura e queda de pressão, aumento do fígado e dos glóbulos vermelhos ou hemácias no sangue.
Nestes casos, os sintomas resultam em choque, que acontece quando um volume crítico de plasma sanguíneo é perdido. Os sinais desse estado são pele pegajosa, pulso rápido e fraco, agitação e diminuição da pressão.
Alguns pacientes podem ainda apresentar manifestações neurológicas, como convulsões e irritabilidade. O choque tem duração curta, e pode levar ao óbito entre 12 e 24 horas, ou à recuperação rápida, após terapia antichoque apropriada.
Apesar da gravidade, a dengue pode ser tratada com analgésicos e antitérmicos, sob orientação médica, tais como paracetamol ou dipirona para aliviar os sintomas. Para completar o tratamento, é recomendado repouso e ingestão de líquidos. Já no caso de dengue hemorrágica, a terapia deve ser feita no hospital, com o uso de medicamentos e, se necessário, transfusão de plaquetas.
A dengue é uma doença infecciosa transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti. Com maior incidência no verão, tem como principais sintomas: dores no corpo e febre alta. Considerada um grave problema de saúde pública no Brasil, a doença pode levar o paciente a morte.
Até o momento, sete unidades da Federação (Acre, Minas Gerais, Distrito Federal, Goiás, Espírito Santo, Rio de Janeiro e Santa Catarina) decretaram estado de emergência após a alta nos casos de dengue nos primeiros meses de 2024.
A pasta da Saúde chegou a destinar R$ 1,5 bilhão de recursos federais no apoio aos estados e municípios no combate à dengue.