A ativista indígena Txai Suruí, de 26 anos, conquistou o título de uma das personalidades mais influentes com menos de 30 anos no Brasil na categoria “Empreendedorismo social e terceiro setor”, segundo a revista Forbes. Reconhecida por sua dedicação à causa dos povos originários, Txai, em 2022, recebeu o troféu “Melhores do Ano” ao lado de sua mãe, Neidinha, também ativista há mais de 30 anos em prol da preservação da Amazônia.
No ano anterior, em 2021, Txai fez história ao proferir um discurso impactante na abertura da COP26, em Glasgow, Escócia, um dos eventos ambientais mais significativos do mundo. Posteriormente, participou da Estocolmo+50, discutindo o futuro da humanidade no planeta.
Representando a ONG Kanindé Associação de Defesa Etnoambiental, da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) e do Movimento da Juventude Indígena de Rondônia na Estocolmo+50, Txai é ativa na organização fundada por sua mãe em 1992, que busca defender direitos humanos e ambientais, fortalecendo a identidade, cultura, economia, educação e saúde dos povos indígenas no Brasil.
A jovem, batizada como Walelasoetxaige Paiter Suruí, mudou-se para Porto Velho, em Rondônia, aos sete anos, enfrentando ameaças de madeireiros na região. Txaí, a primeira do povo Suruí a estudar Direito na Universidade Federal de Rondônia (Unir), enfrentou críticas públicas do governo federal após seu discurso na COP26, resultando em ameaças e ataques de ódio nas redes sociais. A ONU e a COP ofereceram apoio jurídico diante dessas adversidades.
Em setembro deste ano, Txai foi selecionada pela revista Time como uma das 100 lideranças da nova geração, ao lado das deputadas federais Erika Hilton e Duda Salabert. A Forbes também destaca outras personalidades influentes, como Jojo Todynho, Matuê e Julia Castro, em diferentes categorias.