segunda-feira, 9 de junho de 2025
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Submetidos a revistas “vexatórias”, presos ameaçam abandonar projeto de ressocialização que recebe elogios da população

Uma ação da Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) de Rondônia, que determinou uma intervenção administrativa no presídio Cone Sul, em Vilhena, pode decretar o fim de um projeto de ressocialização que é elogiado por toda a população, já que garante a mão de obra de apenados em vários serviços prestados ao poder público.

Apoiado pelo Judiciário e pelo Ministério Público, o projeto “Semear e Ressocializar” já foi tema de várias reportagens publicadas pelo jornal. A iniciativa garante o trabalho externo dos apenados, que saem do presídio e ficam sob a vigilância de policiais penais.

Além dos trabalhos em vias públicas, os participantes do projeto atuam também na limpeza e reforma de unidades de saúde, escolas e outros prédios públicos. Ao comentar a atuação dos detentos, os leitores demonstram apoio maciço à oportunidade dada a eles, que correspondem e raramente se envolvem em problemas (ENTENDA AQUI).

Desde o dia 10 deste mês, quando começou a investigação da Sejus no complexo penal local, com a participação inclusive da corregedoria da Pasta, os detentos se queixam de estarem sofrendo opressão e muitos já cogitam deixar o projeto. Policiais penais também temem ser punidos, embora nenhuma ilegalidade esteja sendo cometida, segundo eles.

Desde que a intervenção começou, ao voltarem das atividades externas, os presos que saem para trabalhar passam por uma revista que, segundo eles, é “vexatória”, pois são obrigados a ficar pelados e andar de cócoras. Eles estão sendo tratados exatamente como os apenados perigosos, que permanecem na carceragem.

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A justificativa dada pela Sejus é que o órgão teria recebido várias denúncias de condutas ilegais de presos e dos “guardas” que os vigiam. Também haveria o risco de eles retornarem para o presídio levando drogas e armas.

Ocorre que o próprio projeto já prevê a revista dos detentos/trabalhadores no retorno para a o presídio ao fim do dia. E eles são checados, mas em abordagens humanizadas, e nenhum objeto ilegal entra na unidade.

Antes de serem aceitos no projeto, os apenados passam por uma seleção. A escolha é feita por uma comissão, que avalia o perfil e o comportamento de cada um.

Entusiasta da ação social, o prefeito Delegado Flori (Podemos) tem se mobilizado a fim de não deixar que a ação da Sejus desestimule os apenados, que prestam importantes contribuições ao município, através das obras que executam.

O site está à disposição da Sejus e do Governo de Rondônia para eventuais esclarecimentos sobre a situação.

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1 comentário em “Submetidos a revistas “vexatórias”, presos ameaçam abandonar projeto de ressocialização que recebe elogios da população”

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