segunda-feira, 9 de junho de 2025
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Frentista que ateou fogo em cliente diz que “não tinha intenção de matar”

O frentista Paulo Sérgio Esperançeta, que ateou fogo em um cliente do posto de combustíveis em que trabalhava, afirmou durante depoimento, nesta segunda-feira (20), que está arrependido e que “não tinha a intenção de matar” Caio Murilo Lopes dos Santos. A vítima segue internada no Hospital Evangélico, em Curitiba (PR).

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Frentista ateia fogo em cliente após briga em posto de combustivel

Esperançeta se apresentou à polícia dois dias após o crime e não permaneceu preso devido à inexistência de flagrante delito e falta de ordem judicial. À delegada responsável pela investigação, o frentista afirmou que “jogou combustível na vítima para se defender”. Além disso, alegou estar passando por “problemas pessoais”.

“Ele disse que houve uma discussão com a vítima [Caio] a respeito de uma chave do veículo que teria quebrado no momento do abastecimento. Essa discussão se iniciou e a vítima teria partido para cima do Paulo Sérgio. Para se defender, ele jogou o combustível na vítima e, por estar passando por problemas pessoais, teria pedido a cabeça e ateado fogo no Caio”, disse a delegada Magda Hofstaetter, da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Ainda segundo Hofstaetter, o suspeito demostrou arrependimento e estava abalado no momento em que se apresentou à polícia na companhia de seu advogado. Sobre ter fugido do local do crime em seguida, ele alegou que o fez por receio de represálias. Esperançeta comentou, inclusive, que a chave do carro de Caio já estava quebrada quando a recebeu.

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O frentista é investigado por homicídio qualificado, com emprego de fogo. A delegada responsável pelo caso aguarda a chegada de laudos para encerrar o inquérito. Imagens de câmeras de segurança do posto de combustíveis seguem sendo analisadas.

Em nota enviada à Banda B, a defesa de Paulo Sérgio afirmou que ele “não ostenta nenhuma passagem pela polícia, nenhum processo ou condenação criminal” e que o crime cometido no sábado (18) contra o cliente é um fato “isolado na vida de Paulo”.

O promotor de vendas Caio Murilo Lopes do Santos, de 34 anos – Foto: Reprodução/RPC

“O investigado não tinha a intenção de ceifar a vida da vítima, a uma porque não se tratavam de pessoas que tinham qualquer inimizade, não se conheciam, à duas porque não havia motivos para o denunciado matar a vítima, e em que pese algumas afirmações contrárias, o denunciado nunca almejou o resultado morte, […] o que será demonstrado durante as investigações e futura instrução processual”, diz trecho da nota.

Já a defesa do cliente Caio Murilo Lopes dos Santos afirmou que as imagens demonstram “clara tentativa de homicídios com três qualificadoras: por emprego de fogo, motivo fútil e impossibilidade de defesa da vítima”.

Se condenado, o frentista pode pegar até 30 anos de prisão.

O caso
O frentista Paulo Sérgio Esperançeta é suspeito de atear fogo no corpo de Caio Murilo Lopes dos Santos, de 34 anos, após uma discussão em um posto de combustíveis localizado no bairro Pilarzinho, em Curitiba, no sábado (18). Imagens registradas por uma câmera instalada no estabelecimento mostram o momento em que Paulo joga gasolina em Caio e ateia fogo nele.

Frentista é suspeito de atear fogo em cliente após discussão em posto de combustíveis – Foto: Reprodução/Google Street View

Segundo a própria vítima, o fogo foi combatido por um colega de trabalho de Paulo. Ele foi levado a um batalhão do Corpo de Bombeiros e, em seguida, ao Hospital Evangélico Mackenzie, onde segue internado. O quadro de saúde dele é estável.

A discussão entre o frentista e o cliente aconteceu devido à quebra de uma chave durante o abastecimento do carro, segundo ambos relataram em depoimento para a polícia. Após o crime, o suspeito fugiu.

À Banda B nesta terça (21), Caio disse estar arrependido por ter entrado no posto de combustíveis onde ocorreu o crime.

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