sábado, 16 de agosto de 2025
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Mãe de criação é presa por suspeita de matar menina de 2 anos

Uma mulher de 32 anos foi presa nesta quarta-feira (28) por suspeita de ter matado a filha de criação, de 2 anos, em Ferraz de Vasconcelos. De acordo com a polícia, a menina foi levada já morta a um hospital e tinha vários ferimentos pelo corpo. Os funcionários da unidade de saúde chamaram a polícia e afirmaram ainda que há a suspeita de estupro.

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O pai de criação da criança também é investigado. Ele e a esposa chegaram a dizer para a polícia que a filha da mesma idade da vítima tinha provocado os ferimentos. A polícia considera que as características das lesões indicam ser impossível que tivessem sido provocadas por uma criança de 2 anos.

A mãe levou a vítima ao Hospital Regional de Ferraz junto com uma amiga. De acordo com a polícia, os funcionários da unidade disseram que a mulher não sabia explicar o que tinha acontecido. Quando percebeu que seria presa, ela ainda tentou sair da unidade, mas foi impedida.

Para a polícia, a suspeita disse que pela manhã a filha estava com o rosto inchado e com corpo mole. Então ela achou o frasco vazio de anti-térmico. À tarde observou as mãos e pés da vítima um pouco gelados e tentou aquecê-los com cobertor. Então, a mãe afirma que a menina dormiu e que começou a sair saliva da boca dela. Quando foi questionada sobre as lesões, disse que tinham sido provocadas pela outra filha, de 2 anos e 2 meses. A mãe afirmou que ainda não consome mais drogas, mas que o marido é usuário.

A polícia foi até a casa do casal e encontrou uma embalagem com drogas e uma mancha de sangue. O celular da suspeita foi apreendido.

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Foram requisitados exames traumatológico, sexológico e toxicológico.

Outros depoimentos

A amiga que estava junto afirma que recebeu uma mensagem da suspeita no fim da tarde afirmando que a menina tinha tomado comprimidos de remédio anti-térmico. Ela ainda afirmou que ficou assustada ao ver a quantidade de lesões que a menina tinha e que saiu desesperada para buscar um carro para levá-la ao hospital.

A amiga ainda disse para a polícia nunca ter visto a criança ser maltratada pelos pais de criação e que a menina tinha “o mesmo tratamento da filha de sangue”. Ela disse, porém, que na manhã de quarta viu lesões no olho da criança, que poderiam ser de maquiagem, e um ferimento na boca. Já os braços e pernas estavam cobertos com roupas de frio.

Segundo a polícia, a amiga também disse que a criança era traumatizada porque apanhava da mãe biológica, que era viciada em drogas e a abandonou aos dois meses, e que a menina sempre tremia de medo. Ela afirmou que a amiga repreendia a vítima “com tapas simples, mas nunca excedeu o nível de correção”.

Já o pai de criação afirmou que viu a outra filha bater com uma mamadeira na cabeça da vítima durante a manhã de quarta e que, neste momento, percebeu uma lesão na orelha. Ele disse para a polícia que perto das 13h30 foi trabalhar e que no início da noite recebeu a notícia da morte da criança.

O pai ainda afirmou que quando saiu de casa a esposa não tinha usado drogas e que ela apenas repreendia as filhas quando necessário, mas sem agredir.

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