Transferido para o Complexo Penitenciário da Papuda na manhã desta terça-feira (13/12), o Cacique Tserere está em uma cela isolada no Centro de Detenção Provisória (CDP) II, por motivos de segurança. O indígena, suspeito de organizar movimentos que ameaçam o Estado Democrático de Direito, foi preso pela Polícia Federal na segunda-feira (12/12), por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Tserere ficou conhecido por participar dos atos antidemocráticos na frente do Quartel-General (QG) do Exército em Brasília, em protesto contra as eleições do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A Polícia Federal verificou que o pastor indígena liderou inúmeras manifestações golpistas pela capital, que incluem desde o Congresso Nacional até o hotel onde Lula e o vice-presidente recém-eleito, Geraldo Alckmin (PSB), estão hospedados.
Manifestações em Brasília
Na noite dessa segunda-feira (12/12), manifestantes golpistas incendiaram oito veículos em Brasília, como suposta forma de protesto contra a prisão de Cacique Tserere. Os atos ocorreram no mesmo dia da diplomação da chapa de Lula no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Em atos de vandalismo, bolsonaristas tentaram invadir o prédio da Polícia Federal (PF) e entraram em confronto com agentes da corporação, mas, até o momento, nenhum dos envolvidos foi preso pelas forças de segurança.
A tensão fez o futuro ministro da Justiça do governo Lula, Flávio Dino (PSB), convocar uma coletiva de imprensa para garantir que o presidente eleito está em “absoluta segurança” e que tomará posse em 1º de janeiro de 2023.
Durante o violento protesto de bolsonaristas, as mídias sociais ficaram tomadas por rumores de que Lula seria retirado do hotel em que está hospedado em Brasília. No entanto, a equipe do petista negou a informação.
Na noite do mesmo dia, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), prometeu reforçar a segurança e prender os vândalos.