A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) encontrou, nesta segunda-feira (20/12), os corpos da dona de casa Shirlene Ferreira da Silva, 38 anos, grávida de 4 meses, e da filha dela Tauane Rebeca da Silva, 14. Elas estavam desaparecidas desde o dia 9 de dezembro em uma região de mata no Sol Nascente, após suposto passeio em um córrego próximo de onde moravam.
O Corpo de Bombeiros Militar do DF (CBMDF) realizou buscas no local por sete dias com apoio de mergulhadores, equipe com cães de busca e auxílio de drone. Foram aproximadamente 6 km de distância de procura nas margens do rio. A operação foi interrompida na última quinta-feira (16/12).
De acordo com o marido da dona de casa, o pintor Antônio Wagner Batista da Silva, 41, a última pessoa da família a ter contato com Shirlene e Tauane em vida foi o filho caçula, Lucas, 12. A criança teria contado ao pai que a irmã insistiu com a mãe para que as duas descessem ao córrego. A família mora no local havia pouco tempo e, nesse dia, Antônio estava trabalhando no Lago Norte.
A esposa teria pegado a mochila do menino, uma toalha amarela listrada, biscoitos e uma sombrinha. Depois disso, saiu para o passeio com a filha no início da tarde. Ao voltar para casa, por volta das 18h30, Antônio contou que teria encontrado o menino todo molhado e preocupado. A criança queria procurar a mãe e a irmã no córrego, mas foi surpreendida no caminho por uma chuva forte.
Investigação
Na terça-feira (14/12), a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) abriu uma nova linha de investigação sobre o sumiço de Shirlene e Tauane. Agora, a 23ª DP também trabalhava com a hipótese de as duas terem fugido para o Piauí.
Mesmo assim, a PCDF não descartava que a mulher e a filha tivesse sido vítimas de afogamento, devido forte chuva na região, ou vítimas de crime. “Nenhuma hipótese está descartada. É o tipo de situação que a gente não pode de forma prematura tirar conclusões precipitadas”, explicou Vander Rodrigues Braga, à época, delegado responsável pelo caso.