A deputada estadual Andréia de Jesus (PSOL/MG), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) cobrou que as mortes de 25 suspeitos de integrar uma quadrilha especializada em roubos a banco, em Varginha, sejam apuradas.
O confronto com os criminosos teve início após ação conjunta da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e da Polícia Militar (PM) na cidade do sul de Minas.
A deputada classificou o episódio como “muito triste” e se solidarizou com moradores e afetados. Segundo Andréia, a operação, que resultou em 25 mortes, foi “muito violenta” e, por isso, será averiguada pela Comissão de Direitos Humanos do Estado.
Em entrevista à Rádio Itatiaia, a deputada Andréia de Jesus afirmou que uma operação “exitosa não deixa óbitos para trás” e reafirmou que a Comissão de Direitos Humanos da ALMG vai seguir cobrando explicações sobre a ação dos policiais.
“É lamentável, sou solidária as famílias, eu me coloco no lugar das 25 mães que hoje estão chorando seus filhos mortos. Nós vamos cobrar que haja apuração dos fatos. Uma operação policial exitosa é uma operação que não deixa óbitos para trás. Mas, infelizmente no Brasil, a nossa juventude negra continua tendo a pena de morte como a única alternativa. Elas não têm acesso ao devido processo legal. Garantir que essas pessoas pudessem responder e serem responsabilizadas pelo crime que cometeram, é extremamente importante”.
Andréia ainda disse a vida deve ser preservada sob qualquer circunstância e disse que “faltou lisura” na operação.
“É por isso que o Estado continua agindo de forma ilegal nessas operações. A vida não é preservada. É lamentável que muitas pessoas aplaudam essa postura da nossa política de segurança pública, que envolve as várias Polícias, mas infelizmente faltou lisura. Um crime contra o patrimônio não justifica a retirada de vida seja de quem quer que seja”, completou.