quinta-feira, 26 de dezembro de 2024
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APOCALIPSE – TJ/RO mantém condenação do deputado Jair Montes em quase 18 anos de prisão no regime fechado; parlamentar está inelegível

A 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Rondônia (TJ-RO) concluiu o julgamento das apelações e embargos de declaração dos condenados na Operação Apocalipse e manteve a condenação em segunda instância de todos os envolvidos. Deflagrada em julho de 2013, a ação investigou um esquema de estelionato e tráfico de drogas e prendeu políticos, empresários e servidores públicos.

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O deputado estadual Jair Montes (Avante), teve sua condenação mantida em 17 anos e 6 meses no regime fechado, o que torna o parlamentar inelegível para disputar as eleições de 2022. A ação ainda cabe recurso ao STJ. Ele foi preso na operação e ficou detido por quase três meses, até ser solto no fim de setembro de 2013.

Montes foi preso novamente em 2018, de forma preventiva, com a sentença do caso. Ele foi condenado em primeira instância a 17 anos e 6 meses de prisão pelos crimes de estelionato, associação para o tráfico e quadrilha ou bando. Na ocasião, o parlamentar ficou preso pouco mais de uma semana.

Entre os condenados estão Alberto Ferreira de Siqueira, o Beto Baba, e Fernando Braga Serrão, o Fernando da Gata, condenados a 407 anos e 11 meses de prisão cada.

Pelo menos 30 pessoas constam na pauta como apelantes, além do Ministério Público como apelado e um banco como assistente de acusação. Ao logo do processo, já foram pelo menos 152 recursos.

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Na sentença de primeiro grau, proferida em dezembro de 2018 com 520 páginas, das 50 pessoas denunciadas pelo Ministério Público, 27 foram condenas e quatro absolvidas.

Operação Apocalipse

A Operação Apocalipse foi deflagrada em 2013 pela Polícia Civil em Rondônia e nos estados de São Paulo, Amazonas, Acre, Mato Grosso, Ceará, Distrito Federal e Rio Grande do Norte.

O grupo investigado era suspeito de envolvimento em uma organização criminosa, que segundo a polícia, seria comandada por Alberto Siqueira, o Beto Baba e Fernando da Gata, que também foram presos.

Conforme as investigações, a organização criminosa financiava campanhas políticas com dinheiro ilícito de golpes com cartão de crédito e do tráfico de drogas, em troca de nomeações de funcionários fantasmas.

A ação criminosa teria movimentado cerca de R$ 80 milhões em nove estados. Desse total, em Rondônia, a quadrilha desviou aproximadamente R$ 33 milhões, com um patrimônio que inclui 200 carros, imóveis e cotas em empresas

Na época da operação, as investigações apontaram que o esquema da suposta quadrilha financiava campanhas políticas e captava recursos por meio de lavagem de dinheiro. Em troca, os benefícios estavam relacionados a nomeação de funcionários fantasmas. A operação cumpriu 229 medidas cautelares, entre mandados de busca e apreensão, prisões preventivas e indisponibilidade de bens, gerando ao todo 54 prisões de vereadores, deputados, empresários e funcionários fantasmas.

Na época, deputados estaduais, o então presidente da Assembleia Legislativa e vereadores de Porto Velho chegaram a ser afastados dos cargos ou foram presos. 

Fonte: JH Notícias 

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